29 de novembro de 2013

O real problema dos jogos que viciam

   Recentemente pude perceber a presença de diversos jogos que parecem simplesmente bobos e sem nenhuma graça, mas a partir do momento em que você começa a jogar, este simplesmente fica na sua cabeça por uma ou duas semanas, nas quais você acaba jogando-o sem parar. Mas qual é o problema de jogos como esse?


   A ideia de escrever esse texto veio na última semana, que no caso foram sete dias onde eu passei 70% do meu tempo livre em um joguinho totalmente viciante para o iPhone, que se chama Cookie Clicker. A proposta do jogo? Você simplesmente tem que ficar tocando (sim, literalmente tocando) o mais rápido que puder na tela para adquirir mais cookies, e com estes você pode comprar cada vez mais power-ups para ganhar ainda mais cookies? Explicando assim o jogo com certeza vai parecer imbecil, o que na verdade é, mas também extremamente viciante. A partir do momento em que todos ao seu redor estão jogando, você vai querer ser a pessoa com a maior quantidade de cookies. Quer experimentar (não faça isso)? Clique aqui.

   Esse foi só um exemplo de fomos jogos simples e, muitas vezes bobos podem acabar viciando e ficando muito populares por isso. Mas mesmo ganhando essa fama, o problema desses jogos que realmente viciam é por acabarem trazendo os jogadores para jogarem por muito tempo em poucos dias, estes acabam enjoando a um certo ponto, e perdendo de vez todos os seus jogadores, usuários, e fama.

   O mercado atual de games para smartphones é extremamente concorrido, e até hoje poucos conseguiram manter boas posições nas lojas virtuais presentes em sistemas gigantescos como Android e iOS. Um exemplo é o Angry Birds, que atualmente tem feito de tudo para voltar ao topo, e de meses em meses consegue ficar por 2 ou 3 dias no Top 10. Mesmo assim, jogos como esse precisam ser amplos para manterem o usuário entretido por bastante tempo e ao mesmo tempo não o deixando enjoado ao jogar sempre a mesma coisa. Angry Birds e Plants vs. Zombies atingiram essa meta pelo fato de terem diversos níveis diferentes, e que até contam o seu desempenho em cada um. Candy Crush Saga foi outro jogo que manteve seus jogadores ativos por alguns meses, mas atualmente acabou perdendo a fama.

   O real problema de jogos para plataformas móveis e que não são feitas especificamente com o propósito de abranger jogos grandes e duradouros é que o conteúdo dos que acabam se disponibilizando em suas lojas é extremamente simples e sem graça. O único jeito que os produtores desses jogos encontraram para fazer sucesso rapidamente foi basicamente criar um jogo que mantivesse os jogadores extremamente ativos por uma ou duas semanas. O problema é que quando o jogo se torna muito viciante, este também acaba por se tornar muito enjoativo para quem quer muita variação, como justamente a maioria dos usuários de smartphones e gadgets.

   O que as lojas desses aparelhos precisam é um jogo que tenha um conteúdo mais extenso (tarefa muito difícil levando em conta os aparelhos que as indústrias de games estão lindando), mas que mesmo assim continue inovando em um curto período de tempo, que no caso precisa ser curto o bastante para que os usuários não simplesmente esqueçam ou abandonem o jogo. Resumindo: é uma tarefa difícil.


   Câmbio e desligo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário